Temos feito muitas reflexões, assim como todos devem estar se perguntando, também queremos saber qual é o próximo passo?
Buscamos respostas conversando com o mercado, clientes, fornecedores, mas todos se fazem esta mesma pergunta.
O que é unanime, é a certeza de que este período vai passar .
Seguindo nas reflexões, resolvemos olhar para nossa história, a do nosso segmento, tão jovem, tão inovador, o segmento de coworking, mas surpreendentemente engajado e adequado a estes novos tempos.
Esta reflexão reforçou a maioria de nossas crenças, mudou outras e criaram novas, mas antes vamos fazer uma breve timeline para deixar registrado aqui o caminho que fizemos para chegar até este ponto.
O segmento inicou seu rascunho …
1903
Com o primeiro projeto de Open Offices criado nos Estados Unidos pelo arquiteto Frank Lloyd Wright, utilizando o conceito de “escritório aberto”, no Larkin Administration Building, veja o ensaio.
1980
Podemos chamar de era pré-coworking. Inicio de uma recessão nos EUA e Europa obrigaram as grandes empresas a derrubar paredes para reduzir custos operacionais, colocando “todo mundo trabalhando junto“, tinha menos relação com uma cultura de comunicação, e mais com uma necessidade financeira.
1995
Os primeiros Hackerspaces são claramente um movimento precursor ao coworking, e possuem uma história bastante próxima ainda hoje. Em um momento onde novas tecnologias estavam crescendo de popularidade, mas ainda eram restritas a certos nichos de entusiastas, os hakerspaces atuavam como a Disney para esse público.
1999
O Google.com mudava seus escritórios para Palo Alto, na Califórnia. Um grande escritório aberto, bem decorado, que inspirava o time e fornecia serviços secundários para as pessoas, iniciando uma grande tradição de startups de tecnologia.
2000
Bernard DeKoven, um importante desenvolvedor e estudioso de jogos norte americano, começa a estudar formas de utilizar tecnologia para melhorar o trabalho em conjunto. É apontado por diversas fontes como sendo o primeiro a cunhar o termo “Coworking”.
2003
Brad Neuberg, um programador americano, faz seu primeiro ensaio na construção do que seria o conceito de espaço de coworking.
2005
Criado o primeiro coworking dos tempos modernos em San Francisco, EUA o Coworking Spaceo. O mundo já era bastante diferente daquele visto nos anos 80 e 90, quando os primeiros pontos para a construção do coworking moderno estavam sendo conectados. A internet, já era algo real e espalhada pelo globo.
2006
Neuberg junto com diversos voluntários abrem o The Hat Factory, para substituir o antigo espaço. Agora sim, com uma estrutura dedicada Neuberg não precisava desmontar completamente o espaço ao final do dia de trabalho, como o acordo anterior previa. A expressão “Coworking Day” é usada pela primeira vez no grupo de discussões de founders, porém, ainda sem dizer referência a uma data específica.
2008
Finalmente o primeiro coworking oficial no Brasil, o espaço Ponto de Contato em São Paulo. Inicia uma nova jornada neste segmento.
2010
Adam Neumann e Miguel McKelvey abrem a primeira unidade da WeWork, na região do SoHo, em Nova York. Mais tarde a WeWork se tornaria uma das principais marcas do mercado, chegando a ser avaliada – de forma polêmica – em 47 bilhões de dólares.
2011
$ 425.000,00 Esse é o primeiro investimento anjo recebido por um espaço de coworking, o NextSpace, nos Estados Unidos. Este movimento abre os olhos de outros investidores para oportunidades futuras.
2013
Ao redor do mundo estima-se que 100 mil pessoas utilizem um dos 3 mil espaços de coworking disponíveis.
2014
5.780 espaços – 295 mil pessoas frequentam um dos quase 6 mil espaços de coworking espalhados por todo o globo.
2016
O mainstream: Nesse ano diversas empresas de grande porte também começam a ver espaços de coworking como uma alternativa mais flexível para seus ambientes de trabalho. A Microsoft muda 30% da sua força de trabalho em Nova York para coworkings. O banco HSBC segue o mesmo caminho.
2017
1 milhão de pessoas frequentando espaços de coworking ao redor do mundo. Segundo o estudo Coworking Survey
2019
O termo coworking atinge o auge histórico de interesse pelo público desde o início do movimento, 14 anos atrás.
Nunca tantas pessoas pesquisaram sobre o assunto no Google.
2020
COVID-19 Logo após seu auge, vem o maior tropeço histórico do mercado brasileiro. No início da quarentena no país, 96% do mercado é forçado a interromper suas atividades de alguma forma. No trimestre seguinte, 40% dos espaços perde mais de 75% do seu faturamento.
Ufa! Chegamos até aqui! Hoje, dia 21 de agosto, 5 meses do inicio deste “Novo Normal”, que não parece nada normal a nenhum ser humano, pois fomos feitos de conexões, abraços, acreditamos que o coletivo nos leva mais longe , mas neste momento estamos mais cuidadosos e cautelosos, nossos abraços se tornaram encontros de cotovelos e um desejo imenso de abraçar e demonstrar emoção.
O que sabemos é que nosso segmento está validado mais do que nunca, pois oferece flexibilidade, conforto, segurança e economia e mesmo nestes tempos estranhos ainda somos a melhor solução para negócios, de startups ao maisntream.
Fomos um movimento, nos tornamos opção e hoje somos uma solução. Coworking!
Somos o Orgânico e não estamos sozinhos.
Lisiane Olsson | Coworking Manager
(Fonte: Coworking Brasil)